coração drogado

Não sei bem se o sinto ou penso, espero apenas que se está na cabeça, que de lá não saia nunca, até pode alugar um miolo no meu cérebro se quiser, desde que não decida escalar pela minha espinha e contornar as curvas das minhas costelas.

É que se este pensamento me desce ao peito, penetra logo no meu coração e depois, passa de pensamento a sentimento, tão rápido como quando injectamos uma seringa na pele, o veneno chega tão depressa à veia que já morremos e ainda nem percebemos que estamos mortos.