Como habitualmente, as folhas rolavam naquele chão poeirento e contaminado. Cada uma dessas, mais veloz que a outra, como se competissem entre si, numa corrida contra o vento.
A par da sua corrida, o sino tocava badaladas infinitas, como se sentisse descontrolado. Nada era novidade, para os ali presentes, mesmo que esses fossem simplesmente uma ou outra pessoa.
Se para nós o fosse, pelo menos para os nossos olhos, assim não o era.
E lá estava ela.
- «Finalmente chegara!», prediziam com entusiasmo todos os presentes.
Pelo caminho revivia tudo o que até então vivera. Desde a glória em que se poderia tornar a sua vida, até à mudez de que essa estava tão perto de concretizar.
Assim acontecera, enquanto todos aqueles olhares incidam sobre ela:
«O fotógrafo saiu e assim que ela pegou no colar e o colocou ao pescoço, o seu coração atraiçoou-a.
Recorda o olhar dele e hesita:
- "Hoje pareces-me diferente.", confessa a si mesma.
E continua por aí vagueando. Cada passo em frente, era na sua mente perdida uma corrida em direcção à saída, que em contrário à sua preferência ia ficando, cada vez mais longe, cada vez mais distante.
Acorda, após ouvir ainda na sua mente a típica filarmónica associada aquele momento e é aí que misteriosamente ganha coragem, gritando "Por favor, não vás!".
É aí que vagarosamente, aquele vulto desvia o olhar e termina com um curto e frio "Adeus!" »
É aí que vagarosamente, aquele vulto desvia o olhar e termina com um curto e frio "Adeus!" »
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